Uma das mudanças mais evidentes do Grêmio do interino Marcelo Rospide está no ambiente. É como se o time tivesse tirado um peso das costas, representado pela pressão e a antipatia da torcida pelo técnico Celso Roth, e passasse a jogar com alívio, solto, alegre.
A nova fase fica bem clara nos treinos abertos da semana passada e, especialmente, em jogos como o da noite desta terça-feira, quando o time venceu o Boyacá por 3 a 0 e garantiu a liderança absoluta entre todos os times da Libertadores.
O astral fica evidente não apenas para quem olha de fora. Na manhã do jogo, em entrevista ao repórter Luís Henrique Benfica, o lateral-esquerdo Fábio Santos admitiu com franqueza que a troca de Celso Roth por Rospide melhorou o astral.
- Todos reconhecem o bom trabalho que ele fez, mas a sua saída trouxe a torcida para o lado da equipe - disse, referindo-se a Roth.
Não é apenas ele. Mesmo com ressalvas, os outros jogadores falam no mesmo tom. É o time de Roth, sem as vaias e os protestos, que ampliavam a pressão e aumentavam a responsabilidade. E, sem este peso, o time conseguiu a terceira vitória consecutiva sob o comando do interino Rospide.
Foi assim diante do Boyacá. A torcida aplaudiu intensamente Rospide, saudou os jogadores, vibrou com um golaço de placa de Souza (um chute com o lado do pé que encobriu o goleiro) e festejou a vitória que garante a classificação. A cada gol era uma festa como a do terceiro gol, marcado por Léo (foto).
A partir de agora, todos os jogos da volta, nos confrontos da Libertadores, serão disputados no Olímpico, diante da torcida.
Mário Marcos de Souza
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