Perea. Da abstinência a overdose.

Agora se explica toda a angústia do Perea em não marcar gols, o cara é um viciado nisso. Como em toda crise de abstinência, teve ataques de raiva e precisou da força da mãe para superar o momento. Mas ao contrário do que se espera dos adictos em drogas, a torcida geral era para que ele conseguisse a sua dose, pelo menos uma, para acalmar o espírito e calibrar a mão. No caso o pé. Consegui um, mas como gol deve ser o cigarro dele, um chama outro e depois outro. Virou overdose e se não o tiram de lá, estava balançando as redes até agora.
Tudo era favorável para o desencantamento do Perea, vinha jogando bem, tinha o apoio da torcida e todos tinham certeza, sem saber exatamente o porquê, que o gol da tranqüilidade era questão de tempo. O que ninguém, nem ele esperava, é que em um jogo, se tornaria um dos artilheiros do tricolor na temporada. Teve golaço, gol bonito, gol normal e gol chorado. Ironicamente, errou alguns passes, o que não aconteceu nos jogos que não foi às redes. Se for para escolher, que erre passes.
Considerando a utilidade, acabou não sendo tão ruim ter provocado o jogo de volta. Grande oportunidade de um jogo-treino oficial. Além dos quatro gols do Perea e a artilharia da Copa do Grêmio, Soares também desencantou e Jean marcou na estréia. Tão jogo-treino que o Roth já estava com a cabeça no Gauchão, substituiu Léo por Jean pensando na suspensão do primeiro, testou Hidalgo e prenunciou Dos Santos ao lado de Roger.
A cena final dos jogadores do Jaciara disputando a camisa do colombiano que lhes metera quatro buchas evidenciou bem a conveniência do jogo para os dois times. Uma noite histórica para os mato-grossenses, conveniente para o Grêmio, importante para o Perea e divertida para a torcida.
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