Ao contrário do que desejávamos, não teremos seqüência na Copa do Brasil. A desclassificação prematura e que tanta indignação traz aos gremistas, impõem a atual direção assumir suas responsabilidades e se movimentar urgentemente para revertermos o quadro de marasmo. Se tiverem a mesma energia para agir, tal qual demonstrou uma descontrolada Brigada Militar ao dispersar uma manifestação de torcedores, a crise não terá vida longa no Monumental. A violenta repressão (que propiciou ferimentos em alguns tricolores), bom frisar, começou gratuitamente (bem antes que uma eventual reação a atos de vandalismo ou em resposta a algum ataque) contra os que se manifestavam especificamente no Portão 3 e contemplou ação de cavalarianos, cassetetes, bombas de efeito moral e, principalmente, balas de borracha. O mais lamentável é que a tropa de choque praticou boa parte das suas agressões na área interna do Olímpico. E, como é tradicional, atingindo ou tensionando pessoas que simplesmente transitavam pelo entorno do estádio (algumas com suas famílias) buscando a saída. Viram-se cenas de mulheres e crianças aos prantos, devido a mais uma demonstração de total despreparo do policiamento. Não é a primeira vez, diga-se de passagem. No último clássico, pelo Brasileirão, torcedores foram agredidos por policiais militares a cavalo junto ao quadro social. Não faltaram registros deste episódio (inclusive exibidos neste site). Mas, como agora, nenhuma manifestação oficial do Grêmio repudiando tais fatos e defendendo seus torcedores foi divulgada. A omissão, por certo, implica (no mínimo), em um inaceitável e vergonhoso consentimento.
O Presidente Odone (ultimamente, pelo visto, mais preocupado com o projeto ARENA do que com o futebol), acostumado a desfilar acenando pela pista atlética em dias de festa, deveria ter tido a coragem de, ontem, aparecer. Dar satisfação aos torcedores que, com toda razão, exigiam explicações. Não o fez. Preferiu ficar no vestiário (aguardando os microfones) cercado por seguranças pagos com o dinheiro dos próprios sócios, dos que com sacrifício enfrentam filas e pagam ingressos. O que se ouviu foi desalentador. Coisas do tipo "Eu preferia ter saído da presidência em dezembro, mas fiquei porque fui pressionado", histórias da montagem do time de 2005 e ausência de dinheiro em caixa para investimentos (o que vai de encontro à contratação e dispensa, de forma discutível, de Vagner Mancini, onde no mínimo foram rasgados R$ 1 milhão). Fica a partir de hoje, a esperança de que a direção foque no futebol antes de mais nada e com todas as forças, e só depois, no novo estádio.
Mas, façamos também a ressalva desta torcida extraordinária, única. A imprensa amarga, na véspera da partida (e devido á desclassificação também no gauchão), ironizava que apenas 1.000 ingressos haviam sido comercializados, que a "desconfiança" afastaria o público do jogo e outras bobagens típicas de um segmento repleto de ressentidos. Nossa resposta, simples e objetiva, foi (às 21:45 min.) ter à presença de quase 30.000 gremistas no Olímpico ! Cantando e apoiando a equipe, sem interrupções, dando show. Uma arquibancada única: repleta de paixão, repleta de sentimento. Aprendam de uma vez: estamos em todas. Nas boas e, principalmente, nas ruins! A Nação Gremista, ao contrário dos dirigentes eleitoreiros e cronistas oportunistas, não se acovarda!
ESTAREMOS SEMPRE COM O GRÊMIO, INDEPENDENTE DE COMO E ONDE ELE ESTIVER!
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