sábado, 17 de maio de 2008
Estrangeiros perdem espaço no elenco do Grêmio e quebram tradição
Gringos sempre estiveram presentes nos grandes momentos do clube, mas trio castelhano do atual elenco vive fase apagada.
Sempre presentes nos grandes momentos do Grêmio, os estrangeiros
perdem espaço no elenco de 2008 e mudam uma velha tradição do clube. O idioma espanhol costuma fazer parte do cotidiano do Olímpico, tanto entre os jogadores quanto nas músicas entoadas pela torcida, que outrora se orgulhava do codinome "Alma Castelhana". No grupo atual, no entanto, a idolatria pelos gringos não é mais a mesma.
Quando o tricolor alcançou sua maior glória, o Mundial Interclubes de 1983, a zaga era comandada pelo capitão uruguaio Hugo De León. Em 1995, uma dupla de paraguaios foi fundamental na reconquista da América. O "xerife" Rivarola organizava a defesa, enquanto o lateral-direito Arce criava gols com cruzamentos preciosos.
Em 2007 o Tricolor foi vice da Libertadores e, como sempre, lá estavam os castelhanos. No gol e na zaga, os argentinos Saja e Schiavi, respectivamente, além do paraguaio Gavilán como volante. Até mesmo na famosa "batalha dos Aflitos" de 2005, quando o time foi campeão da Série B vencendo o Náutico, os latinos se fizeram presente através do lateral-esquerdo chileno Escalona.
O atual plantel, comandado pelo técnico Celso Roth, conta com o atacante colombiano Perea, o meia paraguaio Dos Santos e o lateral-esquerdo peruano Hidalgo. Do trio, apenas o primeiro é titular, mas não vive boa fase e ficou marcado pelo pênalti errado contra o Atlético-GO, que decretou a eliminação na segunda fase da Copa do Brasil.
Perea, inconstante, luta para seguir no time
Perea chegou no Grêmio no início da temporada e já fez oito gols, mas oscila boas e más atuações. Demorou seis jogos para balançar as redes, mas quando conseguiu, marcou logo quatro, nos 6 a 0 sobre o Jaciara, pela Copa do Brasil.
"Sou atacante que marca bastante gol, e a torcida gosta de mim. Tenho passado por uma fase complicada porque os adversários já me conhecem, as chances são raras", justifica. De fato, está em jejum desde o dia 20 de março, há cinco partidas.
O espaço do colombiano pode estar diminuindo já que o clube está contratando Marcel para assumir o papel de centroavante. Se conquistar a camisa 9, Soares é o mais cotado para permanecer como titular na dupla de ataque.
Dos Santos, só uma sombra de Roger
Uma das contratações de maior vitrine nesta temporada, Dos Santos veio do Almería, da Espanha, para assumir um lugar no meio de campo. Com uma serenidade quase displicente nos treinos, e muita dificuldade para se adaptar ao futebol brasileiro, ele não tem lugar na atual formatação de time.
"É um jogador de qualidade técnica, bom porte físico e está se soltando cada vez mais, mas no momento disputa posição com o Roger", frisou Roth. Em abril o plantel foi eliminado na Copa do Brasil e no Gauchão e passou um mês só treinando. O paraguaio evoluiu e teve boas atuações em amistosos, nada suficiente para tirar a vaga de Roger, principal estrela tricolor.
Hidalgo, cada vez mais fora
Desde que se apresentou no Olímpico, em agosto de 2007, Hidalgo tem dificuldade para se firmar na lateral. Primeiro conviveu com o excesso de estrangeiros no elenco, pois a CBF só permite que três atuem numa partida, e Saja, Gavilán e Bustos (colombiano, hoje no Inter) eram titulares.
As coisas poderiam melhorar nesse ano, porém no início da temporada ele ficou na reserva de Anderson Pico. A dispensa do peruano chegou a ser especulada em abril, mas nada se confirmou e ele permanece no plantel, porém atrás também de Hélder, oriundo das categorias de base que foi titular na estréia do Campeonato Brasileiro.
Cada vez mais fora dos planos de Celso Roth, Hidalgo não sabe se será aproveitado até agosto, mês em que acaba seu contrato.
Postado por Thay às 21:13
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