No início do ano, quando muitos duvidaram dos privilegiados que vieram defender nossas cores nesta temporada, mesmo que alguns não merecessem, eu confiei;
Quando resolveram trazer um técnico questionado e mandar embora um invicto, eu concordei;
Após um início de temporada sem conhecer a derrota, fechamos o primeiro semestre com duas desclassificações em quatro dias. Mesmo assim, cravei o meu pé no chão e disse: estou contigo;
Começa o campeonato mais importante do ano, e eu estou lá;
Junto aos olhares desconfiados – mas sempre esperançosos - de 42 mil apaixonados torcedores, estava o meu. Sempre torcendo pelo meu Tricolor;
Sob um sol escaldante, chuvas torrenciais ou um frio cortante, de óculos de sol, guarda-chuva ou com a manta da geral, eu também estava lá;
Na enfermidade, contrariando ordens médicas, também não deixei de ir;
Com alguns amigos numa tarde perfeita de domingo com minha moto, ou numa quarta à noite sem condução, eu era mais um naquele mar azul;
Deixei de ir a aniversários e outros compromissos sociais para estar ao teu lado;
Culpei-me como um pai se culpa ao perder uma apresentação de um filho, quando tive que trabalhar e não pude ir a somente um jogo deste campeonato: Grêmio x Ipatinga;
Juntei-me aos milhares de gremistas para te defender quando foste injustiçado;
Defendi-te até mesmo quando alguns irmãos tricolores e a razão não estavam ao meu lado;
Da minha boca, as únicas vaias que saíram foram para os adversários;
Nunca deixei de acreditar em ti, Grêmio. Nem no início, quando muitos apostavam que jogaríamos para não cair, e nem agora, quando fomos ultrapassados por um time que estava 11 pontos atrás;
Passei o ano apoiando e procurando retribuir aos guerreiros que jogaram na maioria das vezes no limite, com altos e baixos, compensando algumas vezes a falta de técnica com muita vontade para deixar o tricolor no lugar merecido.
Com tudo isso, acho justo que eu tenha um pedido realizado: apesar do título ser importante, sei que vocês, os Deuses do futebol, já devem ter o nome do time campeão anotado em seus blocos de notas. Então, só peço que me permitam estar sempre junto ao meu Tricolor, no concreto cru do Olímpico ou em acolchoadas poltronas da nossa nova arena.
E amanhã, quando eu estiver lá, na quina do estádio, junto à melhor torcida do Brasil e do mundo, presenciando a última partida do ano do nosso Imortal Tricolor, peço que tenhamos uma partida que simbolize a grandeza do Grêmio, um jogo que feche este ano tão sofrido semeando esperança e entusiasmo para enfrentarmos a Libertadores 2009.
Acredito no título. E aos que me acham louco, me achariam muito mais insano se me ouvissem pedir aos meus colegas antes de começar o campeonato, lá no inicio de maio, que viessem com a camisa tricolor no dia 8 de dezembro para tirarmos a foto do título. Mas não irei me decepcionar se não conseguirmos. Amanhã, todo o gremista que entrar nos portões do Monumental deve apoiar o tempo inteiro e agradecer ao grande ano que tivemos, pois, ao contrário de mim e mais uma meia dúzia de loucos, ninguém acreditava que o Grêmio pudesse chegar na última rodada do campeonato com a chance de se tornar campeão.
Por Eder Fischer
sábado, 6 de dezembro de 2008
Pedido aos deuses do futebol.
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