.: Ia ter que entrar

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Ia ter que entrar

Continuando de onde paramos: Aquela bola ia ter que entrar. Foi com essa frase que encerrei a resenha do massacre sem gols no primeiro jogo contra o Universidad em fevereiro, na frustrante estréia com um empate em casa após 14 gols perdidos pelo time do Grêmio. Uma conclusão óbvia. Foi preciso mais 90 minutos contra La U para sair do zero, mas aquela bola entrou. Ainda com certa relutância, foi orgulhosa e fez questão de bater na trave antes de Léo a empurrar de cabeça para a meta protegida por Miguel Pinto e Los de Abajo.

Depois de vencida uma vez, a sorte mudou de lado e também decretou que La U não empataria ontem à noite. Nem foi preciso uma grande atuação para chegar ao segundo gol. E convenhamos AINDA BEM que não foi preciso, principalmente por parte da nossa zaga. Mais uma vez deu toda a sopa para o azar, que para nossa sorte estava de barriga cheia, agradeceu e recusou. Apesar da fraca atuação coletiva e dos sustos, que não tiveram nada a ver com as tão faladas assombrações do Estádio Nacional, era a noite do Grêmio.

Méritos individuais fizeram a diferença. Começamos por Marcelo Rospide que soube transformar a batata quente em oportunidade. Com duas vitórias em dois jogos e cinco gols de saldo nesse estágio em uma Libertadores, seu futuro como técnico se torna mais próximo que ele próprio imaginava, se é que imaginava. Souza mostrou que, quando resolve soltar a bola é um maestro. Que ele próprio enxergue isso, Maxi López também agradeceria muito. Foi um desses momentos de criatividade ímpar de Souza que tirou o gringo do isolamento no ataque para fazer o que tem que fazer: gol sem ter que passar o jogo buscando a bola.

O pouco tempo em campo já bastou para ilustrar que uma mudança na zaga pode começar com a titularidade para o Thiego. Cessaram a partir da sua entrada as maiores tentativas do time chileno. As ótimas atuações de Vitor vem se tornando tão corriqueiras que passam a não ser tão citadas. Até a imprensa do centro do país vê que é caso óbvio de seleção, menos o Dunga. Enfim, classificação e liderança antecipadas garantidas por um Grêmio sem medo de jogar fora de casa. Tudo á feição para o novo técnico, seja ele Renato ou Autuori.

Cristian Bonatto

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