.: Arenas de Papel

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Arenas de Papel


Na cabeça dos cartolas, tem estádio para sediar quatro Copas.
Conheça os projetos (e viagens) para 2014

A Alemanha teve 12 sedes na última Copa – a Fifa recomenda dez. Segundo o ministro do Esporte, Orlando Silva, o Brasil terá 18. Para o político, nove capitais já estariam garantidas: Porto Alegre, Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Salvador, Recife e Fortaleza. Faltariam, portanto, nove cidades.

"O que ninguém duvida é que, na hora H, dinheiro do governo não vai faltar", diz o economista Ricardo Araujo, especializado em Planejamento e Gestão de Arenas. Ou seja: dinheiro público não será problema, como se viu no Pan do Rio.

As sedes escolhidas deverão estar com estádios prontos até 2013 (em tese...). Não existe uma capacidade mínima estabelecida pela Fifa, embora o número de 45000 lugares seja o usual. Parece um prazo razoável. Mas a verdade é que estamos bem atrasados. Confira alguns projetos em andamento. E outros que não vão andar...

GRÊMIO

Sonho
Construir um estádio coberto, para 50000 torcedores, três andares de arquibancada, além de CT, estacionamento para 10000 automóveis, museu, shoppings, centro de convenções e hotéis. A obra seria financiada e executada pelo consórcio português TBZ/OAS, que administra os estádios do Porto e Real Madrid. As obras teriam início em janeiro de 2009, sendo concluídas em janeiro de 2012. A nova localização da futura casa gremista seria próxima à principal saída de Porto Alegre para o Litoral Norte e interior.

Realidade
A parceria com os portugueses já foi assinada. Até o fim do ano, o Grêmio precisa adquirir (por 40 milhões de reais) uma área de 34 hectares, onde seria erguida


INTER

Sonho
Cobrir o Beira-Rio com uma estrutura de aço, poliuretano e lona, além de construir um complexo com hotel de luxo, edifício-garagem, CT, centro clínico, shopping center, academias, lojas e ginásio multiuso. O custo é estimado em 60 milhões de reais pelo clube e seria feita com recursos próprios. O Inter não quer parceria com um investidor, pois pretende imediatamente faturar com o novo complexo. O estádio ficaria menor, passando dos atuais 56000 lugares para 50000. O clube pretende integrá-lo ao rio Guaíba, com restaurantes e marinas na margem.

Realidade
A venda do antigo estádio dos Eucaliptos, prevista para junho, seria o pontapé inicial para a execução do projeto. Os cerca de 30 milhões de reais da venda do imóvel seriam aplicados na cobertura do Beira-Rio. As demais obras seriam realizadas com parcerias privadas. O governo federal promete investir 10 milhões de reais para facilitar o acesso ao estádio. Esse seria o único dinheiro público.

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